No entanto, quem pretende visitar o Chile precisa ficar atento, pois é necessário registrar smartphones e outros dispositivos que usam redes celulares antes de viajar. Desde o final de setembro, uma normativa chamada Homologación Multibanda entrou em vigor no Chile e muda a forma de ativação de telefones celulares no país. Entre as medidas, é exigido que as operadoras chilenas permitam o funcionamento apenas de dispositivos homologados. Todos os smartphones vendidos no Chile já mantém esse registro; mas aparelhos comprados no exterior, não.
Quem quer conhecer o país e ainda assim utilizar o celular deve fazer o registro antes de viajar. É necessário entrar em contato com uma das agências registradoras e fornecer dados como o IMEI do aparelho, nota fiscal ou recibo de compra e uma solicitação preenchida. O visitante pode cadastrar gratuitamente um dispositivo por ano — quem precisa registrar mais de um dispositivo está sujeito a pagar uma tarifa. É importante salientar que essa medida afetará apenas quem comprar um chip no Chile. Se você planeja usar roaming da sua operadora de origem, ou se conectar apenas usando o Wi-Fi, não é necessário passar por nenhum processo. A medida visa coibir o uso de smartphones piratas ou roubados. Cidadãos chilenos ainda podem comprar seus dispositivos em outros países, mas também precisam enfrentar o processo de homologação. Vale notar que a Turquia aplica as mesmas restrições, mas o processo de registro do dispositivo é pago, demorado e precisa ser feito fisicamente no país. No Brasil, a Anatel planeja bloquear celulares piratas a partir de 2018. No entanto, trata-se apenas de aparelhos que não possuem um número IMEI registrado no banco de dados da GSMA, associação global de operadoras móveis. Eles não serão bloqueados se tiverem um IMEI válido, mesmo que não sejam homologados pela Anatel.