Nos últimos anos, a confiança do público no Facebook foi abalada após casos como o da Cambridge Analytica e as denúncias de Frances Haugen. Contudo, a troca da rede social da Meta pelo TikTok como fonte de informação não significa uma busca por notícias mais confiáveis. A pesquisa também leva em conta quem apenas leu as manchetes mostradas no feed.
Se a trend está no TikTok é verdade
O resultado divulgado pela Pew Research mostra que um terço (33%) dos adultos presentes no TikTok se informa através do conteúdo da plataforma. O número representa um crescimento de 11% em relação a 2020. A pesquisa entrevistou um total de 12.147 americanos com idades entre 18 e 65 anos ou mais. O público que mais utiliza a rede social chinesa como fonte de notícias está na faixa etária de 18 a 29 anos — para a surpresa de quase ninguém, visto que esse é o principal perfil dos usuários da plataforma. 26% desse público está se informando por vídeos, na maioria das vezes, rasos e sensacionalistas. Mas não se engane: o número de pessoas que usam o TikTok para se informar está crescendo em todas as faixas etárias. No Facebook, de acordo com o estudo, 44% do público se informa pela rede social — o número chegou a 54% dois anos atrás. O lado positivo para a Meta é que esse quesito cresceu no Instagram: saiu de 27% e foi para 29% — ficando apenas 4% atrás do seu grande rival TikTok.
Twitter lidera, mas perde espaço
Não é só o Facebook que está perdendo espaço como “fonte de informação” para os seus usuários. O Twitter, que ainda lidera essa estatística, foi de 59% para 53% nos últimos dois anos. Junto com o TikTok, a rede social do passarinho é considerada uma das que mais propaga fake news. O Reddit, terceiro que mais serve de fonte de informação para os seus usuários, deve ser ultrapassado pelo TikTok nos próximos anos. A plataforma serve de fonte de notícias para 37% do seu público. A queda do Facebook — e do Twitter e Reddit — e o crescimento do TikTok não é um ponto fora da curva. O resultado reflete o sucesso da rede social “das dancinhas” (e já me juraram que tem conteúdo educativo se eu procurar bem) com o público mais jovem — que está ainda mais afundado no hábito de ler apenas títulos. Com informações: Mashable e Pew Research