O futuro de The Last of UsThe Last of Us | Elenco esteve no Brasil para divulgar a série
Em entrevista ao The New Yorker, ele comentou que um dos grandes desafios da adaptação foi equilibrar a fidelidade esperada pelo público com alterações que dessem a essa versão do personagem uma cara própria, além de torná-lo mais humano. E isso fez com que a interpretação de Pascal carregasse algumas características que não existem no PlayStation. Segundo Druckmann, o principal ponto foi deixar mais claras as marcas deixadas pela vida em Joel — incluindo fisicamente. “Ele tem dificuldades de ouvir de um lado por causa de um tiro, seus joelhos doem toda vez que ele levanta”, detalha o autor, que pontua que a ideia era mostrar o protagonista como uma pessoa de meia-idade e não como um herói de cinema. Pode parecer apenas um detalhe na interpretação, mas é algo que faz toda a diferença na hora de levar o personagem dos jogos para uma série de TV. Em um game, essas nuances não são necessárias e até podem ser um problema em meio à ação, mas é o que dá toda uma camada humana quando estamos falando de atuação. Assim, vermos Joel sentindo o peso da idade e dos anos em um mundo tão desgraçado quanto o do seriado fala muito sobre o inferno que ele passou e quem ele é. E essa percepção vinda do próprio Neil Druckmann é interessante pois mostra como ele tem uma visão bem precisa de como jogos e cinema (incluindo aqui série de TV) são formatos diferentes e, portanto, exigem visões e abordagens próprias. É um belo indicativo de que as mudanças que devemos ver em The Last of Us realmente vêm apenas para dar mais peso à história que já conhecemos. A boa notícia para os fãs é que não vai ser preciso esperar muito para ver essas alterações em prática. The Last of Us estreia na HBO e HBO Max no próximo dia 15 de janeiro. Ao todo, a primeira temporada terá 10 episódios.