Cientistas turbinam memória com impulsos elétricos no cérebroRefrigerante de cola pode comprometer a memória e o cérebro

Perder um pouco de memória é normal

As células do nosso cérebro envelhecem junto com o resto do corpo, e os neurônios fazem menos conexões, armazenando menos das substâncias químicas necessárias para se conectar a outras células. O processo de memorizarmos coisas, no entanto, é feito para que realmente precisemos esquecer certas coisas, sendo perfeitamente normal não lembrar o nome daquele antigo colega de escola ao trombar com ele na rua. Informações desnecessárias em grande volume só atrasariam nosso cérebro, esgotando o metabolismo e impedindo memórias importantes de se manterem frescas. A escolha do que guardamos, infelizmente, não está sempre em nossas mãos, já que o cérebro automatiza a função. O órgão costuma preferir informações sociais, como fofocas, descartando informações mais abstratas, como números ou padrões complicados. Indo para a perda de memória relacionada à idade, há o declínio cognitivo leve, uma condição que nos leva a esquecer coisas e ver uma diminuição em algumas funções cognitivas. Ela pode ser estável, melhorar com o tempo ou mesmo piorar. O problema também indica um risco maior, de 3 a 5 vezes, de desenvolver doenças neurológicas. A demência, por exemplo, afeta de 10% a 15% dos indivíduos com declínio cognitivo leve todos os anos. Com a condição, atividades comuns vão ficando gradualmente mais difíceis, gerando problemas com a memória, língua, pensamento e tomada de decisões. O problema é uma faca de dois gumes, já que, por um lado, alimenta a crença de que a perda de memória nos idosos é preocupante e pode levar à demência, mas, por outro, nos incentiva a procurar tratamento e planejar melhor o futuro.

Sinais do Alzheimer

Problemas na navegação espacial são um dos primeiros marcadores para o Alzheimer, a forma mais comum de demência: um aumento notável no esquecimento quando dirigimos ou nos localizamos pode ser um alerta. Atualmente, não temos uma maneira precisa, barata e fácil de detectar demência, e a ciência vem buscando testes para tal. Alguns cientistas, por exemplo, criaram um teste de 5 minutos para verificar a habilidade de traçar caminhos, onde o paciente tenta lembrar de figuras de casas e diferenciar as que já viu das novas ilustrações apresentadas. O exame é eficiente em prever variações naturais na capacidade de navegação de pessoas jovens, mas ainda é necessário avaliar essa eficiência nos mais velhos. Não há, atualmente, cura para o Alzheimer, então é importante detectá-lo cedo para buscar lidar com o problema e planejar a vida futura dos idosos. Fonte: The Conversation