Xiaomi atualiza lista de celulares Mi e Redmi que não terão mais updatesComparativo: iPhone 13, Mini, Pro ou Pro Max; qual celular comprar?
Marcas globais de smartphones, notebooks e eletrônicos em geral são bastante dependentes das cadeias de produção de fabricantes localizadas no sudoeste da Ásia e na China. Desde o começo da pandemia, empresas como Apple e Samsung têm criado estratégias para diversificar a fonte de componentes usados para construir dispositivos. De acordo com a Comissão de Supervisão Financeira do Taiwan, até a última sexta-feira (7), 161 companhias taiwanesas paralisaram totalmente as operações em Xangai e em Kunshan — 41 delas produzem eletrônicos. Ming Chi Kuo, analista da consultoria TF Internacional, prevê que a produção de iPhones deve voltar ao normal, na melhor das hipóteses, até o final de abril ou no começo de maio. Enquanto a Pegatron freia as atividades, a Foxconn — maior fabricante de produtos Apple do mundo — deve assumir a cota de aparelhos a serem fabricados pela concorrente.
Apple já foi afetada uma vez por lockdown na China
Mas essa estratégia tem brechas: a Foxconn já interrompeu o funcionamento de sua fábrica em Shenzhen em razão de um lockdown que entrou em vigor em março. Como não é a primeira vez que a Apple é afetada por quarentenas na China, a empresa tem algumas saídas para superar o problema. O analista da TF Internacional citou em postagem no Twitter que o bom relacionamento da dona do iPhone com o governo chinês e sua capacidade de mitigar impactos logísticos devem ajudá-la a superar as dificuldades impostas pelo lockdown. “No entanto, o impacto na confiança do consumidor será proporcional à duração da quarentena. Isso pode afetar as encomendas de eletrônicos (incluindo produtos da Apple) em 2022”, explica Kuo. Problemas logísticos estão obrigando fabricantes a utilizarem o inventário reserva de componentes, o que as leva a quase não cumprir a meta de produção. Em razão do sufoco, muitas peças inadequadas acabam sendo usadas para montar dispositivos, cita a TrendForce em relatório. A Pegatron disse à Reuters que depende da autorização do governo para resumir suas operações em Xangai e em Kunshan, e que vai manter um contato com consumidores e fornecedores e informá-los quando a retomada do trabalho presencial nas fábricas assim que possível. A Apple não retornou à reportagem para comentar sobre a questão.