Por que a água do mar forma espuma?O que acontece com o organismo quando ingerimos muito sal?
A resposta está em um processo de milhões de anos e tem a ver com o ciclo da água e fenômenos geológicos. Mas, antes de entender a origem do sal presente no oceano, é importante ressaltar que este sal não é apenas o Cloreto de Sódio (NaCl), conhecido também como sal de cozinha. É fato que essa substância representa cerca de 85% dos sais marinhos, mas ela não é a única: sais formados por outros íons, como o sulfato, bicarbonato, cálcio, potássio e magnésio compõem quase todos os 15% restantes. Uma parcela menor que 1% é representada por uma enorme variedade de outros íons.
De onde vem o sal do mar?
A origem do sal marinho está em um processo chamado intemperismo químico ou físico. Ele nada mais é do que o desgaste ocasionado pela ação da água nas rochas terrestres. Deve-se ressaltar que o processo não é feito somente pelas águas dos mares: os rios também realizam a dissolução dos minerais das rochas. O que acontece com os rios é que sua água e os sais que ela carrega chegam ao oceano. O acúmulo, com o passar de milhões de anos, conferiu aos mares e oceanos essa grande quantidade de sais dissolvidos. Mas ainda falta uma parte da equação para entender todo o processo: o ciclo das águas. Os mares e os rios evaporam para formar a chuva; a questão é que a taxa de evaporação em rios e mares é diferente. O mar contribui com 84% da água evaporada, mas, por causa da ação dos ventos, recebe apenas 77% da água da chuva. Os rios estão na situação oposta, contribuindo menos com a evaporação e recebendo mais chuva. Quando os rios desaguam no oceano, o ciclo é fechado.
Por que o mar não fica mais salgado?
Recebendo constantemente os sais das águas dos rios e perdendo água mais rapidamente pela evaporação, entendemos por que a água do mar é salgada. Mas, se ele continua a receber sal, como o mar não fica mais salgado? Bem, o sal é depositado com o tempo no fundo do oceano e, além disso, estas substâncias integram a formação de estruturas de animais marinhos, como as conchas, formadas por carbonato de cálcio. Ou seja: a própria dinâmica desse ecossistema garante o equilíbrio da salinidade marítima.