Mark Zuckerberg promete consertar o Facebook em 2019 (de novo)
Essa é a conclusão de um estudo realizado com 3.500 americanos por pesquisadores da Universidade de Nova York e da Universidade de Princeton. Segundo eles, a idade é o fator que mais indica a propensão de uma pessoa para compartilhar ou não uma notícia falsa no Facebook.
O levantamento também teve sinais positivos: somente 8,5% dos participantes compartilharam links para notícias falsas. O número cai para 3% entre os usuários de 18 a 29 anos, mas chega a 11% no grupo de pessoas com mais de 65 anos. A diferença é ainda maior quando a quantidade de compartilhamentos é levada em consideração. Os usuários com mais de 65 anos compartilharam o dobro de fake news em relação ao grupo de 45 a 65 anos e quase sete vezes mais que o grupo de 18 a 29 anos. Para chegar a esses resultados, os pesquisadores selecionaram participantes no início de 2016. O grupo, que era formado por pessoas com ou sem conta no Facebook, ajudou com dados liberados em novembro daquele ano, após a eleição de Donald Trump. Os pesquisadores pediram que os usuários do Facebook dessem permissão a um app capaz de analisar suas orientações políticas e religiosas, suas publicações e as páginas que haviam curtido. Cerca de 49% aceitaram compartilhar essas informações. A partir disso, os pesquisadores compararam os links compartilhados pelos participantes com listas que apontavam famosos sites de fake news. A análise indicou que os mais velhos distribuíram mais fake news, independemente de fatores como educação, sexo, raça e renda. A orientação política também foi apontada como um fator relevante. Entre aqueles que compartilharam notícias falsas, 4% se identificavam com o Partido Democrata. Entre os eleitores do Partido Republicano, o número chegou a 18%, possivelmente pela grande quantidade de links favoráveis a Trump. Ainda assim, os pesquisadores consideram a faixa etária como o critério mais determinante. “Nenhuma característica demográfica parece ter um efeito consistente no compartilhamento de notícias falsas, tornando a idade muito mais notável”, afirma o estudo. A pesquisa apontou duas possíveis explicações para o fato de os mais velhos compartilharem mais notícias falsas: ausência de uma alfabetização digital e um declínio cognitivo, fazendo com que se tornem mais propensos a cair em fraudes. Os autores do estudo agora pretendem verificar essas hipóteses em um novo estudo e identificar se as pessoas são mais propensas a compartilhar fake news publicadas por amigos próximos. A análise irá se concentrar no Facebook, mas poderá ajudar outras redes sociais a lidarem com o problema. Com informações: The Verge, Mashable.