As especificações não me deixam mentir. Além de um Snapdragon 835 com GPU Adreno 540, o Razer Phone oferece 8 GB de RAM, 64 GB de espaço interno para dados expansíveis com microSD de até 2 TB, Wi-Fi 802.11ac, Bluetooth 4.2, NFC, porta USB-C e bateria de 4.000 mAh com Quick Charge 4.0+. Cabe à tela trazer o primeiro diferencial para games: além das 5,7 polegadas de tamanho, ela conta com tecnologia IGZO LCD, Gorilla Glass 3, 2560×1440 pixels, suporte a HDR e Wide Color Gamut (para mais profundidade de cores), além de frequência de 120 Hz, que promete não só mais fluidez visual nos jogos como também na visualização de determinados aplicativos — fala-se que a diferença é notável no Twitter e Instagram, por exemplo.
Se algo ficar estranho, é possível configurar manualmente a frequência de atualização da tela. Além disso, o software do Razer Phone reduz a taxa automaticamente quando conteúdo estático está sendo exibido para poupar bateria. No quesito fotografia, o smartphone segue a tendência da câmera dupla na traseira: há dois sensores ali, um de 12 megapixels e lente f/1,8, outro com 13 megapixels e lente f/2,6 (para zoom). Já a câmera frontal tem 8 megapixels e abertura f/2.0. Só com reviews criteriosos a gente vai saber como essas câmeras se comportam, mas, nos números, elas são convincentes.
Outros atributos que prometem trazer experiências mais interessantes nos jogos são as duas saídas de áudio frontais com Dolby Atmos, som de 24 bits e amplificador. Não há conexão para fones de ouvido, mas um adaptador USB-C com DAC certificado pela THX está incluído no pacote. Não houve customização agressiva no software. O Razer Phone roda o Android 7.1.1 Nougat — com promessa de atualização para o Android 8.0 Oreo no primeiro trimestre de 2018 — com uma interface pouco modificada. No software, provavelmente o maior destaque é o aplicativo Game Booster, que permite ao usuário criar perfis de uso diferentes — com uma frequência de atualização de tela específica para certo jogo, por exemplo.
Visualmente, o Razer Phone pode não agradar muito. O design do aparelho é claramente inspirado no Nextbit Robin, o que não surpreende: a Nextbit foi comprada pela Razer no início do ano. O resultado é que temos um smartphone com estilo “quadradão”, aproveitamento do espaço frontal dentro da média, corpo de alumínio e leitor de impressões digitais no botão Liga / Desliga, na lateral direita. Curiosamente, essas são características que lembram bastante os smartphones Xperia (principalmente o Xperia XZ1, acho). Quem quiser ter um Razer Phone vai ter que desembolsar US$ 700. O aparelho será lançado nos Estados Unidos e países da Europa a partir do dia 17. Para variar, não há previsão de disponibilidade no Brasil. Com informações: The Verge