A mudança afeta todos os aplicativos de terceiros, incluindo Tweetbot, Tweetings, Talon, Fenix e Plume. Isso porque o Twitter vai descontinuar uma API que permite o streaming de conteúdo da rede social, isto é, a abertura de uma conexão que realiza um fluxo contínuo dos novos tweets, menções e mensagens diretas da sua conta.
O streaming é utilizado pelos aplicativos de terceiros de duas formas: ele pode servir para atualizar sua timeline à medida que novos tweets aparecem (o streaming é feito pelo seu dispositivo) ou para enviar notificações push ao seu dispositivo com novos conteúdos (o streaming é feito pelos servidores do desenvolvedor do aplicativo, que então repassam a informação para o seu smartphone). Existe, teoricamente, uma forma de solucionar o problema: ela se chama Account Activity API e permite que o Twitter envie as informações necessárias a um servidor de terceiro (no caso, o servidor do aplicativo). Só que os desenvolvedores ainda não tiveram acesso à API, e faltam apenas dois meses para que os recursos deixem de funcionar. Além disso, a API substituta será bem limitada: ela só permitirá acesso a 35 contas no plano básico, o que é pouco considerando que há aplicativos com centenas de milhares de usuários. Ainda não há informações sobre preços, e mesmo a liberação da API não seria suficiente para resolver o problema da atualização automática de timeline: ela envia tudo para um servidor… que o seu smartphone não tem. Desenvolvedores de clientes de Twitter se juntaram à campanha #BreakingMyTwitter para reverter a decisão da empresa, mas vale lembrar que a rede social tem problemas antigos com aplicativos de terceiros (que, aliás, não exibem as propagandas do Twitter). Será que agora é o fim deles?