Rival do Google, DuckDuckGo esconde fake news da Rússia e irrita usuáriosApós polêmica, Instagram e Facebook proíbem ameaças de morte a Putin
Deepfakes são vídeos criados por ferramentas baseadas em inteligência artificial que adicionam falsos movimentos de fala ou expressões ao rosto de uma pessoa. Se a ideia impressiona de um lado, preocupa por outro, justamente pelo potencial de declarações inverídicas serem atribuídas a um indivíduo. Embora muitos deepfakes sejam bastante convincentes, boa parte contém pequenas falhas, como movimentos estranhos ou pontos desproporcionais do corpo da pessoa, que denunciam a ilegitimidade do vídeo. Foi o que aconteceu com o vídeo de Volodymyr Zelensky. Nele, a cabeça do presidente ucraniano está desproporcional e mais pixelada em relação ao seu corpo. Apesar de esses serem sinais de falsificação, muito gente não se atenta a eles. O resultado é que o deepfake acaba cumprindo o seu papel: espalhar desinformação. Aparentemente, o vídeo surgiu primeiro no site de notícias Ukraine 24, que teria sido hackeado. Depois, o deepfake foi publicado em outros sites de notícias também comprometidos e, finalmente, chegou às redes sociais. O problema dos deepfake é tão preocupante que o Facebook passou a proibir esse tipo de vídeo no começo de 2020. É com base nessa política que a plataforma removeu o vídeo. Nathaniel Gleicher, chefe de segurança da Meta, se manifestou no Twitter para confirmar a exclusão: Na sequência, Gleicher divulgou um link que detalha a política do Facebook para remoção de mídia manipulada.
Presidente ucraniano reage ao vídeo
Embora o Facebook e os sites comprometidos tenham sido rápidos em remover o vídeo falso, tudo indica que o deepfake continua sendo compartilhado por outros meios, incluindo a rede social russa VK. Canais pró-Rússia no Telegram também estariam espalhando o conteúdo fraudulento. Não surpreende que o próprio presidente ucraniano tenha usado a sua conta oficial no Instagram para desmentir o deepfake: O governo ucraniano já esperava que algo do tipo fosse acontecer. No início de março, o Centro de Comunicações Estratégicas da Ucrânia alertou no Facebook que a Rússia poderia usar vídeos manipulados para espalhar desinformação sobre a guerra: Com informações: TechCrunch, The Verge. (…) Seja cuidadoso — isso é uma farsa! Seu objetivo é desorientar, causar pânico, desacreditar cidadãos e incitar tropas a recuar.