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Faz algum tempo que os Estados Unidos acusam a Huawei de usar backdoors para espionar redes de vários países e repassar informações sigilosas ao governo chinês. Essas acusações levaram a administração Trump a, em 2019, incluir a Huawei na lista de companhias que trazem risco à segurança dos Estados Unidos. Desde então, a Huawei não pode negociar com empresas americanas. É por conta disso que o Mate 30 e o Mate 30 Pro foram lançados “incompletos”: ambos os aparelhos não contam a Play Store porque a proibição imposta pelos Estados Unidos impede o Google de fornecer serviços à Huawei. Apesar da gravidade do assunto, o governo americano nunca divulgou publicamente provas que validam as acusações contra a Huawei. Porém, essas informações passaram a ser compartilhadas com países aliados no final de 2019. É o que diz o Wall Street Journal. Entre esses aliados estariam Reino Unido e Alemanha. Pode ser um movimento estratégico: aparentemente, o fornecimento desses dados faz parte dos esforços dos Estados Unidos para convencer outros países a não utilizarem tecnologia da Huawei. Nesse ponto, vale lembrar que a companhia é uma das maiores fornecedoras de equipamentos para telecomunicações do mundo. Em muitos países, os fabricantes desses equipamentos podem ser obrigados por lei a implementar neles meios para que autoridades acessem as redes para fins legais. Porém, o próprio fabricante não pode realizar esse acesso sem autorização da operadora responsável pela rede. É justamente essa lei que a Huawei violou, dizem as autoridades americanas. Assim como fez em ocasiões anteriores, a companhia negou as acusações: “nenhum funcionário da Huawei tem autorização para acessar a rede sem aprovação explícita da operadora”, informou a companhia ao Wall Street Journal. De todo modo, as acusações ainda são questionáveis. Os Estados Unidos podem ter encontrado backdoors nos equipamentos da Huawei, mas não há, pelo menos até o momento, nenhuma evidência de que a companhia usou esses acessos para praticar algum tipo de espionagem. Com informações: Ars Technica.