Roteador da Starlink é liberado pela Anatel e já pode ser usado no BrasilO que é 6G [e quando isso vai acontecer]?
Como a sexta geração será diferente? O presidente da Samsung Research, Sebastian Seung, acredita que as melhorias serão benéficas: “Nós prevemos que o 6G irá proporcionar experiências inovadoras para humanos e máquinas através do próximo nível de hiperconectividade”, afirma o executivo. O evento, transmitido no canal da Samsung no YouTube, contou com apresentações de executivos da Samsung, Qualcomm, operadoras de telecomunicações e pesquisadores de universidades.
6G dependerá de inteligência artificial e muito espectro
O 6G tem de tudo para ser uma geração ainda mais tecnológica. Diversas das apresentações no evento da Samsung abordam temas como inteligência artifical, aprendizado de máquina e deep learning (que se traduz em algo como aprendizagem profunda). Esses avanços devem permitir maior eficiência nas transmissões, que exigirão novos espectros. As fabricantes apostam em frequências bem mais altas que do 4G e padrões anteriores. A Samsung fala no suporte a faixas de 7 GHz a 24 GHz, além de transmissões na casa dos terahertz — mais de mil gigagertz. Essas frequências devem permitir transmissão de dados em velocidades muito mais altas que no 5G. Em 2021, a Samsung anunciou ter atingido a marca de 6,2 Gb/s de velocidade em um protótipo de chip 6G, mas com espectro em terahertz com 140 GHz de capacidade — quantidade 350 vezes maior que toda a banda leiloada pela Anatel no último leilão. Falar de comunicação sem fio em terahertz parece ser uma loucura se considerarmos as implementações atuais: quanto mais alta a frequência, menor é a penetração de sinal. Se as operadoras já enfrentam dificuldade em criar cobertura com 5G em frequências mmWave, na casa dos 28 GHz, imagina com mais de 1.024 GHz?
Quando chegam as redes 6G?
A implementação do 5G nem começou direito no Brasil e em diversos países, e o 6G ainda deve levar um tempo. Em ocasiões passadas, Samsung e outras fabricantes divulgaram que a próxima geração deve começar em 2028, com previsão de adoção massiva na próxima década. Parece longe, mas a gigante coreana aposta ser o momento ideal para discutir a tecnologia: “Acreditamos que agora é a hora certa para se preparar para o 6G. Moldar o 6G demandará muitos anos, como vimos nas gerações anteriores, e discussões e colaborações serão necessárias entre empresas e pesquisas acadêmicas”, afirma Seung. Outras empresas também se preparam para o 6G. Ao final de 2020, a Next-G Alliance foi formada por empresas como Apple, Google, Ericsson, Nokia e a própria Samsung, além de operadoras e mais fabricantes.