No projeto antigo do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), a meta das operadoras de telefonia era oferecer conexões de 600 Kbps por R$ 35 mensais (nos Estados em que não houve redução de ICMS para o serviço). Dilma agora exige que a conexão de 1 Mega seja oferecida pelos mesmos R$ 35 mensais. A decisão já foi repassada ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para que ele volte a negociar com as telefônicas. A banda larga popular será mais barata em alguns Estados que concordaram em reduzir os impostos desse serviço. Segundo a Folha, navegar a taxa de transmissão de 1 Mbps (para downstream) custará R$ 28,90 nesses Estados. Uma grande mesa de negociações foi instalada no Planalto para convencer as operadoras (e principalmente dar incentivos) para que ofereçam a conexão com a internet nas condições definidas pelo governo. Dilma Rousseff já entendeu que a contrapartida para isso é permitir que as telecoms entrem no mercado de televisão por assinatura, serviço que atualmente é restringido pela lei vigente (e a gente bem sabe que não tem adiantado muita coisa). Seria uma forma de obter receitas que permitam às teles fazer o investimento necessário para que o PNBL saia do papel. Entre as motivações da presidente para essa mudança, a mais latente é o comparativo mundial de velocidade de acesso. 600 Kbps é muito pouco perto dos 100 Mbps almejados por plano similar nos Estados Unidos. Dilma Rousseff quer abolir o termo “kilobits por segundo” no Brasil. Tomara que dê certo!