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Quem assistiu à primeira versão vai identificar personagens semelhantes nessa história; como os pais egocêntricos de Matilda, que nem sequer notam a existência da filha ou quando o fazem é apenas para dizer que ela é um peso em suas vidas. Nesse novo longa, eles são vividos por Andrea Riseborough e Stephen Graham, em uma atuação exagerada — do jeito que a produção pede. Atenção! Essa crítica tem spoiler do filme Matilda: O Musical Já a diretora Agatha Trunchbull, antagonista famosa por fazer da vida das crianças na escola um inferno, ganhou vida com Emma Thompson (Cruella), que apareceu irreconhecível, em um excelente trabalho de caracterização. A atuação de Thompson não decepcionou e ela conseguiu manter a fama de má da diretora que é temida por todos. O destaque fica para a famosa cena em que ela arremessa uma aluna pelos cabelos e quando obriga um aluno a comer um bolo inteiro de chocolate. Outro momento interessante acontece quando é, finalmente, derrotada pelos poderes de Matilda. E, por falar na protagonista, nessa nova versão tais poderes são menos explorados e aparecem só nos últimos 50 minutos do filme. Ao invés disso, o roteirista Dennis Kelly preferiu focar na sua mente brilhante e em sua capacidade de ler inúmeros livros para conhecer o mundo. Desse modo, Matilda, vivida brilhantemente pela pequena Alisha Wier, está ainda mais imaginativa e astuta, e usa da sua criatividade para criar histórias e se livrar das garras da diretora Trunchbull.
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O desenvolvimento da professora Honey
Uma das narrativas criadas por Matilda é justamente a história de vida da Srta. Honey, a professora caridosa que tenta proteger os alunos da maldade da diretora. Apesar desse fato só ser revelado no final, durante as duas horas de filme vemos que a trama também volta seu olhar para a vida da tal professora, algo que não aconteceu na primeira versão. Esse é, com certeza, um acerto de Matilda: O Musical, pois mostra ao público um pouco mais da vida dessa personagem doce e carismática, além de enriquecer a trama e se diferenciar um pouco do filme da década de 1990. E se na primeira versão a personagem foi vivida por Embeth Davidtz, aqui ela ganhou vida com Lashana Lynch, em uma atuação espetacular e emocionante. A atriz já havia brilhado como a poderosa guerreira Izogie em A Mulher Rei, e nessa produção encarnou uma personagem oposta: amável e vulnerável, mostrando toda sua versatilidade em cena. Outra personagem que não pode ser esquecida é a Srta. Phelps (Sindhu Vee), a dona de uma biblioteca itinerante que serve como ponto de apoio emocional para a protagonista. Sua participação na história também enriquece a trama e é mais um acerto.
Um filme (extremamente) colorido
Se os personagens agradam, a fotografia incomoda um pouco. Isso porque o filme é extremamente colorido, em uma estética que quase se assemelha a do pintor brasileiro Romero Britto. Esse exagero poderia ser bonito, mas beira mais a cafonice, com uma mistura de cores que não ornam.
Musical para quem gosta de musical
Por fim, o mais importante a ser dito é que Matilda: O Musical é uma releitura interessante para aqueles que gostam do gênero. O filme tem várias canções que ajudam a contar a história e aparecem em diferentes momentos. São inúmeras músicas e coreografias bem ensaiadas que vão conquistar os fãs e trazer um sentimento de nostalgia. Porém, para aqueles que não curtem esse tipo de filme, a obra se torna chata e massante em determinados momentos, uma vez que quase toda cena é interrompida por uma canção. Sendo assim, o longa é uma boa opção para quem gosta de musicais e quer assistir uma obra com gostinho de infância. Matilda: O Musical pode ser assistido na Netflix.