Como funciona a política “covid zero” da China?“Covid zero” pode isolar a China do mundo durante anos no pós-pandemia
A flexibilização das medidas relacionadas com a política “covid zero” coincidem com a maior onda recente de protestos na China. Isso porque a população enfrenta diferentes tipos restrições há mais de três anos, desde a descoberta dos primeiros casos do coronavírus SARS-CoV-2, na cidade de Wuhan, no final de 2019. Aparentemente, estão no limite.
China flexibiliza a “covid zero”
Entre as principais mudanças no plano da “covid zero” anunciadas pela China, está o fim do isolamento obrigatório em centros médicos do governo. Pessoas que estejam com casos leves ou assintomáticos da covid-19 e os indivíduos que são contatos próximos de casos confirmados poderão fazer o isolamento domiciliar. Até então, todos precisavam permanecer pelo menos cinco dias em local do governo. Os lockdowns também estão ainda mais específicos e não devem atingir mais cidades ou bairros inteiros. O foco deverá ser edifícios pontuais, comerciais ou não, e unidades habitacionais. Quando um local for considerado de “alto risco”, esta classificação irá durar, inicialmente, por cinco dias. Se nenhum outro caso for confirmado no período, todos os moradores estarão liberados. Além disso, barreiras internas para viagens dentro do país foram reduzidas e, pela primeira vez nos últimos anos, os chineses poderão viajar entre as cidades e regiões com maior facilidade. Por outro lado, o governo reforçou a importância dos idosos receberem as doses de reforço contra a covid-19.
China ainda enfrenta alta de casos da covid-19
Vale observar que a mudança do plano “covid zero” para uma situação de convivência com o vírus — endemia — ocorre enquanto a China registra o maior número de casos diários desde o início da pandemia. São cerca de 30 mil novas infecções pelo coronavírus todos os dias. O número é bastante elevado para os padrões chineses, mas baixo para a maioria dos países, como o Brasil. Nas últimas 24 horas, foram registrados 55 mil novos da covid-19 entre os brasileiros, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Fonte: BBC e Conass