Cannabis de hoje em dia é mais forte e mais viciante que antes, sugere estudoCientistas usam vírus para produzir 20% mais THC em variante de cannabis
Os cientistas analisaram os resultados de 20 ensaios clínicos nos quais a cannabis foi comparada a um placebo para o tratamento da dor clínica, especialmente no que diz respeito a mudança na intensidade da dor antes e depois do tratamento. No total, 1.500 pessoas fizeram parte da pesquisa. Os estudos calcularam diferentes condições de dor (como dor neuropática, causada por danos aos nervos e esclerose múltipla) e tipos de produtos de cannabis, com THC, CBD e cannabis sintética administrados através de pílula, spray, óleo ou a própria fumaça. A análise mostrou que a dor foi classificada como significativamente menos intensa após o tratamento com placebo. A equipe também não observou diferença significativa entre a cannabis e um placebo para reduzir a dor. No entanto, o estudo revelou que muitos participantes podem distinguir entre um placebo e a cannabis, apesar de terem o mesmo odor, sabor e aparência. Se eles estão cientes de que estão recebendo ou não canabinoides, é mais provável que forneçam uma avaliação tendenciosa da eficácia da intervenção. Os pesquisadores apontam que, para garantir a observação do efeito real da cannabis, os participantes não podem saber o que recebem. Nosso estudo também examinou a forma como os estudos foram cobertos pela mídia e revistas acadêmicas para ver se isso se relacionava com o efeito terapêutico relatado pelos participantes. Fizemos isso porque a pesquisa mostrou que a cobertura da mídia e as informações na internet podem afetar as expectativas que uma pessoa tem de um tratamento. “Se uma pessoa pensa que sentirá alívio de sua dor usando um determinado produto ou tratamento, isso pode mudar a maneira como ela acaba percebendo os sinais de dor recebidos, fazendo pensar que sua dor é menos intensa”, concluem os autores do estudo sobre cannabis e placebo. Fonte: JAMA Network Open via Science Alert