Exercícios físicos mudam a biologia do cérebro e protegem a saúde mental10 mistérios do cérebro que ainda intrigam a ciência
O cérebro pode “mudar” o sabor dos alimentos
Em fevereiro, cientistas da Ohio State University publicaram um estudo alegando que o cérebro pode “mudar” o sabor dos alimentos quando enganado. Para chegar nisso, a equipe pegou pacotes de um mesmo alimento (cookie de chocolate) e aplicou três rótulos: “comuns, de fábrica”, “receberam reclamações dos consumidores” e “novos e melhorados”. Os participantes receberam um cookie de cada grupo, e depois tiveram que responder uma pesquisa de satisfação. Coincidentemente, eles só relataram uma experiência negativa (tanto de sabor quanto de textura) em relação aos cookies associados a reclamações de consumidores, ainda que o produto fosse exatamente o mesmo. Isso quer dizer que podemos enganar o cérebro para acreditar que está consumindo algo de qualidade inferior, mesmo que seja literalmente a mesma coisa.
Neurônios “acendem” quando você ouve alguém cantar
Em março, um estudo publicado na revista científica Current Biology apontou que neurônios específicos do córtex auditivo se acendem quando ouvimos alguém cantar. Os pesquisadores registraram a atividade cerebral que ocorre em resposta a estimulantes externos, e perceberam que existe uma população de neurônios que responde ao canto e, muito próxima, há outra que responde ao instrumental.
Cérebro “lê” cores a ponto de mudar nosso humor e comportamento
Neste ano, cientistas levantaram uma questão: nossos cérebros usam a cor como um sinal visual para compensar o toque, por isso acaba exercendo uma importância tão significativa em nossas preferências e em nosso comportamento de modo geral. No que diz respeito ao paladar, quando vemos um alimento, damos lugar a suposições e expectativas sobre ele antes mesmo de experimentar, porque fomos treinados para esperar que determinadas cores levem a sabores específicos. Além disso, estudos apontam que 90% das nossas avaliações iniciais de produtos são baseadas na cor.
O cérebro passa a vida toda tentando adivinhar as coisas
Em agosto, uma pesquisa revelou que o cérebro está constantemente tentando avidinhar a próxima palavra, tanto quando se lê um livro quanto no momento em que se ouve um discurso. Segundo o estudo, para cada palavra ou som, o cérebro faz expectativas estatísticas detalhadas e acaba sendo extremamente sensível ao grau de imprevisibilidade: a resposta cerebral é mais forte sempre que uma palavra é inesperada no contexto. Os pesquisadores mencionam que, na prática, o cérebro faz algo comparável a um software de reconhecimento de fala, que também está constantemente fazendo previsões.
O cérebro humano é tão mole que pode desmoronar
O ano de 2022 se encerra com a descoberta de que o cérebro é mais mole do que imaginávamos, a ponto de ser comparado com uma gosma gelatinosa. Os cientistas comentam que as representações que conhecemos do cérebro são rígidas, porque o órgão passa por algum processo de preservação para aumentar a rigidez. No entanto, ao natural, se o cérebro não estivesse preso pela caixa craniana, seria uma gosma gelatinosa. A teoria dos especialistas aponta que a massa cerebral pode colapsar, de modo até 10 vezes mais fácil, que as embalagens de espuma de poliestireno. Isso quer dizer que a rigidez é quase inexistente.